A actividade foi realizada pela Plataforma NNAPES e pela Instituição Nacional de Direitos Humanos e Provedoria de Justiça (INDDHH) em conjunto com o Mecanismo Nacional de Prevenção da Tortura.

Esta iniciativa contou com a participação de mais de 50 representantes de organizações e entidades que trabalham a questão da privação de liberdade a nível regional. O objetivo do evento foi tornar visível a situação, gerar conhecimento e garantir a participação das crianças na perspectiva dos direitos, bem como instar os diferentes atores envolvidos a gerar alianças para o desenvolvimento de ações de defesa de direitos que permitam melhorar a realidade das crianças, meninas e adolescentes com referências de adultos privados de liberdade.

As apresentações foram feitas por: Francisca Hidalgo (Representante da Plataforma NNAPES), Luis Pedernera (Membro do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança) e Andrea Casamento (Membro do Subcomitê para a Prevenção da Tortura). Entre as autoridades também participaram Wilder Tayler (Diretor do INDDHH), que mencionou que a Instituição está realizando um estudo sobre o tema, e Gonzalo Salles (Representante da Secretaria Executiva da Plataforma NNAPES), que expressou a necessidade de gerar alianças com os Mecanismos de Prevenção da Tortura na região para esclarecer a realidade que as crianças e os adolescentes vivenciam nesta situação.

“A prisão afeta a todos nós”, disse Andrea Casamento, que também é diretora da organização ACIFAD na Argentina e na mesma linha, pediu aos atores que trabalhem em rede para reverter este problema. Por sua vez, Luis Pedernera sublinhou que a prisão agrava a realidade dos sectores mais vulneráveis, e que não afecta apenas os meninos e meninas que estão com as suas mães, mas que os direitos são violados a partir da busca e detenção.

Na mesma linha, Francisca Hidalgo relatou os principais impactos que a prisão gera na vida de mais de 2,7 milhões de crianças e adolescentes na América Latina e no Caribe. “Quando formos às prisões olhar, vamos nos colocar no lugar dos meninos e das meninas”, exortou Hidalgo aos participantes. No final das contas, representantes da Plataforma NNAPES e do INDDHH prometeram acompanhar e criar grupos de trabalho para avançar ações concretas para melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes com referências de adultos privados de liberdade.